Quero entender…

Há ainda mistérios em nosso cotidiano. Olho, não entendo bem, e fico matutando…

“Tapa na Pantera”: a atriz Maria Alice Vergueiro manifesta-se em plena sessão de ingestão da maconha. Desempenhando um papel de uma viciada, é claro. (Inserido no YouTube em agosto de 2006)



“Do alto de seus 50 anos de palco e 71 de idade, Maria Alice Vergueiro diz que nunca teve tanto sucesso quanto agora. O curta-metragem, assinado pelos jovens cineastas Rafael Gomes, Mariana Bastos e Esmir Filho da Io Iô Filmes, foi assistido até esta segunda-feira por mais de 235 mil internautas.” (comentário no YouTube)

A dramatização é tão perfeita, que nos dá a impressão de ser um depoimento. Uma declaração da atriz, não da personagem. Claro, muita gente passa ai batida. Dai o sucesso.

Entrevista com a Maria Alice Vergueiro (feita pela Terra).

Maria Alice Vergueiro explica que o filme não seria um estímulo ao consumo do fumo, mas um estímulo à exorcização de nossos repressores. Aqueles que, por exemplo, provavelmente sem querer, construiram a fealdade do sexo em nossas mentes. O interessante, que ao explicar, a atriz dramatiza.

Entrevista da Maria Alice Vergueiro ao Antônio Abujamra em “Provocações”.

Segundo ela, trata-se de um papel na linha de Brecht. Para ele o ator não é apenas o interprete. E o ator brechtiano, mesmo não fazendo peças de Brecht, manter-se-ia brechtiano. Não sei se a Maria Alice usa tal argumento como escudo ou, de fato, está sendo sincera. Em suma, “o ator representa tão completamente que representa sentir a dor que deveras sente” (parafraseando Fernando Pessoa). Ou estaria ela continuamente atuando, mesmo em suas relações cotidianas.

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